Daltonismo: o que é, tipos, diagnóstico e tratamento

Descubra como o daltonismo afeta a percepção de cores. Saiba mais sobre tipos, prevalência e fatores hereditários

28 de março de 2024 - às 16h25 (atualizado em 28/3/2024, às 16h26)

Escrito por

Dayana Bonetto

Redatora Let's Move 360

Daltonismo é um distúrbio da visão que afeta a percepção das cores. Também conhecido como discromatopsia ou discromopsia, a desordem impede o olho humano de diferenciar colorações como vermelho e verde e, com menor frequência, azul e amarelo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o daltonismo vermelho-verde acomete 95% dos portadores da doença, na maioria das vezes, homens, em 98% dos casos. De acordo com a OMS, o daltonismo atinge 350 milhões de pessoas no mundo, sendo oito milhões no Brasil. 

Eric Pinheiro, oftalmologista do Hospital Público Estadual de São Paulo (HSPE) e do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), explica que o distúrbio geralmente é hereditário, sendo mais comum a transmissão da mãe para o filho homem.

O daltonismo está ligado ao cromossomo sexual X. Por este motivo, raramente afeta as mulheres, que têm dois cromossomos X. Quando elas recebem de um dos pais o cromossomo com a mutação genética, o outro compensa a alteração. O distúrbio se manifesta em mulheres quando os dois cromossomos X apresentam a mutação. Já os homens, que possuem cromossomo X e Y, não conseguem fazer a compensação quando há a alteração no cromossomo X. 

Tipos de daltonismo

Existem três tipos de daltonismo:

  • Protanopia: diminuição ou ausência do pigmento vermelho, sensível às ondas de comprimento longo. Nesse caso, a pessoa enxerga em tons de bege, marrom, verde ou cinza;
  • Deuteranopia: ausência ou diminuição dos cones verdes sensíveis às ondas de comprimento médio. Na falta deles, a pessoa enxerga em tons de marrom;
  • Tritanopia: dificuldade para enxergar ondas curtas como os diferentes tons de azul e o amarelo, que adquire tons rosados.

Diagnóstico

Segundo o  oftalmologista, existem três tipos de testes que ajudam a diagnosticar e avaliar o daltonismo: o anomaloscópio de Nagelan, as lãs de Holmgren e o teste de cores de Ishihara. 

  • Anomaloscópio de Nagel: é um dispositivo utilizado para avaliar a visão de cores e determinar a presença e a extensão do daltonismo. Consiste em misturar duas luzes coloridas, uma fixa e outra ajustável pelo paciente. O objetivo é igualar a cor da luz ajustável à cor fixa, permitindo ao oftalmologista avaliar as diferenças na percepção das cores;
  • Lãs de Holmgren: é um teste prático em que o paciente é solicitado a combinar fios de lã de cores específicas com amostras de lã de referência. O teste avalia a habilidade do paciente em distinguir entre cores semelhantes. Um daltoniano pode ter dificuldade em fazer combinações precisas, revelando assim o tipo e a gravidade do daltonismo;
  • Teste de Ishihara: usa cartões com muitos pontos coloridos, e no centro, há letras ou números que pessoas com visão normal conseguem identificar. Para crianças que ainda não aprenderam a ler, foram desenvolvidos cartões com desenhos ou figuras geométricas fáceis de reconhecer. 

Tratamento e prevenção

De acordo com Eric Pinheiro, não existe tratamento específico para o daltonismo. Ele ressalta que, para prevenir, é sugerido que seja feito aconselhamento genético, a fim de conhecer as probabilidades da doença.

Consulte sempre um profissional sério! Aqui no Let’s Move 360 é possível encontrar um profissional perto de você ou on-line. Utilize a nossa busca!