Catarata: causas, sintomas e tratamento

A catarata atinge cerca de 65,2 milhões de pessoas no mundo, alerta OMS

24 de abril de 2024 - às 12h08 (atualizado em 24/4/2024, às 12h08)

Mulher no oftamologista fazendo exames
Crédito:

Envato

Escrito por

Dayana Bonetto

Redatora Let's Move 360

A catarata é uma lesão ocular que torna o cristalino opaco e deixa a visão embaçada, como se houvesse uma névoa diante dos olhos. A condição atinge principalmente pessoas mais velhas, mas também pode ocorrer em jovens e crianças. As principais causas incluem envelhecimento, lesões oculares, diabetes, exposição prolongada ao sol e causas congênitas, como infecções durante a gravidez ou anomalias genéticas. Normalmente, as consequências incluem visão turva, sensibilidade à luz e dificuldade em ver à noite. Segundo dados do relatório global sobre saúde da visão feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata atinge cerca de 65,2 milhões de pessoas no mundo. Se não tratada, pode levar à perda da visão. De acordo com a OMS, a maior causa de cegueira tratável no mundo é a catarata, que responde cerca de 45% de casos. 

O cristalino, tipos de cataratas e sintomas

Antes de falar sobre os tipos de cataratas, Marcela Cypel, médica oftalmologista e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), considera importante esclarecer o que é o cristalino, que fica opaco com a lesão. “É uma estrutura própria do olho, que fica logo atrás da íris, a parte colorida dele. Assim, ao olhar diretamente para o olho, percebemos primeiro a córnea, que é a parte transparente na frente da íris, onde colocamos, por exemplo, a lente de contato. Logo atrás, encontra-se a íris, responsável pela coloração do olho. Esta possui um orifício central, a pupila. Através da pupila, conhecida como a ‘menina dos olhos’, visualizamos o cristalino, que, como sugere o próprio nome, é uma estrutura cristalina”, esclarece

A médica oftalmologista, destaca quatro tipos de catarata:

  • Senil: esta catarata, a mais comum, está ligada ao processo natural de envelhecimento. Pode se desenvolver no centro, nas extremidades ou por trás do cristalino. Além disso, pode causar sintomas como visão embaçada, dificuldade em enxergar em ambientes com pouca luz e aumento do risco de quedas;
  • Traumática: surge após lesões oculares significativas, como traumas contundentes, ferimentos penetrantes ou exposição a substâncias químicas agressivas. É comum, por exemplo, em um acidente de carro que resulta em dano ocular e subsequente desenvolvimento de catarata. Os sintomas podem variar de acordo com a gravidade da lesão e incluir visão embaçada, dor nos olhos e sensibilidade à luz;
  • Congênita: presente desde o nascimento ou se desenvolve nos primeiros anos de vida, esta forma de catarata pode ter diversas causas, incluindo anomalias genéticas, infecções durante a gestação (como rubéola) e exposição fetal a substâncias tóxicas. Pode ser unilateral ou bilateral e requer tratamento imediato para prevenir o comprometimento visual permanente;
  • Secundária: caracteriza-se por lesões no cristalino resultantes de outras condições oculares, como uveíte, glaucoma ou uso prolongado de medicamentos como corticosteroides. Os sintomas podem variar dependendo da condição subjacente, mas geralmente incluem visão embaçada, sensibilidade à luz e alterações na percepção de cores;

Diagnóstico e tratamento

Segundo a médica, o diagnóstico é feito através da consulta oftalmológica realizada pelo especialista em clínicas de olhos. Ela explica que o tratamento resolutivo da catarata é a cirurgia. “Durante esse procedimento, o cristalino opaco é substituído por uma lente artificial transparente. Esse processo é considerado seguro e rápido, e a recuperação tende a ser tranquila, desde que o paciente siga rigorosamente as recomendações médicas. Isso pode incluir o uso de colírios por algumas semanas e evitar atividades que exerçam pressão nos olhos. Com os cuidados adequados, é possível desfrutar de uma visão melhorada após a cirurgia”, explica.

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