Overtraining: saiba o que é e como prevenir esse problema

Em casos leves, é indicada a redução drástica do volume de treino para permitir a recuperação do corpo

26 de julho de 2023 - às 14h50 (atualizado em 28/11/2023, às 13h53)

Duas mulheres no vestuário da academia mostram cansaço
Crédito:

Envato

Escrito por

Dayana Bonetto

Redatora Let's Move 360

O overtraining, também conhecido como síndrome do sobretreinamento, é uma condição que ocorre quando há um desequilíbrio entre o volume e a intensidade dos treinos em relação à capacidade de recuperação do indivíduo. De acordo com Anderson Martins, personal especialista em postura, “isso pode acontecer quando uma pessoa se exercita de forma excessiva, não respeitando os períodos adequados de descanso e recuperação entre os treinos”, alerta.

 

Martins ressalta que as consequências do overtraining abrangem desde questões musculares e problemas nas articulações até impactos negativos no sistema imunológico e no bem-estar psicológico. No entanto, ele indica que é preciso entender a diferença entre treino forte e overtraining. “Um treino forte envolve uma intensidade adequada e um volume progressivo, desafiando o corpo a se adaptar e melhorar. Os períodos de esforço são intercalados com recuperação adequada, permitindo que os músculos e o sistema nervoso central se restaurem. Já o overtraining,  ocorre quando há um excesso de exercício sem o devido descanso e recuperação”, afirma.  Martins ressalta que isso pode levar a um desequilíbrio entre a carga de treinamento e a capacidade de recuperação do corpo. 

 

Sinais de overtraining 

 

De acordo com Martins, os sinais incluem fadiga crônica, dores musculares persistentes, diminuição do desempenho atlético, alterações de humor, insônia, entre outros. Veja a lista completa:

 

  • Fadiga persistente: Sentir-se constantemente cansado, mesmo após uma noite de sono adequada. A fadiga se torna crônica e afeta a disposição para realizar atividades do dia a dia.

 

  • Diminuição do desempenho: A capacidade de desempenho físico tende a diminuir. O rendimento em treinos e competições fica prejudicado, e a pessoa não consegue alcançar os resultados esperados.

 

  • Dor muscular e nas articulações: Dores musculares persistentes e desconfortos nas articulações se tornam frequentes. A inflamação crônica pode levar a lesões e dificultar a execução dos exercícios.

 

  • Irritabilidade e alterações de humor: Pode levar a mudanças no aspecto psicológico, resultando em irritabilidade, ansiedade e até mesmo sintomas depressivos.

 

  • Distúrbios do sono: Problemas para dormir, como insônia ou dificuldade em manter um sono profundo e reparador.

 

  • Queda da imunidade: O sistema imunológico pode ficar enfraquecido, tornando o indivíduo mais suscetível a infecções e doenças.

 

  • Perda de apetite: Pode afetar o apetite, levando à perda de interesse na alimentação e a possíveis desequilíbrios nutricionais.

 

  • Dificuldade de concentração: A sobrecarga física e mental pode prejudicar a capacidade de concentração e foco em tarefas cotidianas e até mesmo nos treinos.

 

  • Pulsos irregulares e alterações cardíacas: Em casos mais graves, o overtraining pode afetar o sistema cardiovascular, causando palpitações e alterações nos batimentos cardíacos.

 

Evitando o overtraining

Para evitar o overtraining, é fundamental seguir o programa de treinamento estabelecido pelo profissional, segundo Martins. “É preciso respeitar a intensidade, duração e frequência das atividades físicas. O treinador irá considerar o condicionamento físico, os objetivos do praticante e outros fatores relevantes para criar um plano de exercícios adequado”

Martins explica que o treinador, ao avaliar o condicionamento físico atual do indivíduo, seus objetivos específicos e outros fatores relevantes, criará um plano de exercícios personalizado e adequado às necessidades do praticante. 

Além disso, escutar o próprio corpo é crucial para evitar lesões e garantir a eficácia do programa de treinamento. A supervisão e orientação profissional contínuas são essenciais para monitorar o progresso e fazer ajustes conforme necessário, assegurando uma prática saudável e segura de exercícios físicos.

 

Existe tratamento para overtraining

Em casos leves, Martins indica que a redução drástica do volume de treino pode ser suficiente para permitir a recuperação do corpo. Já em situações mais graves, a interrupção temporária da atividade física e das competições pode ser necessária. “É fundamental que a pessoa busque o acompanhamento de um médico e profissionais qualificados para orientar todo o processo de recuperação. A detecção precoce é crucial para evitar complicações sérias, principalmente relacionadas a distúrbios hormonais”, ressalta.

 

Com o tratamento adequado e o devido repouso, o quadro de overtraining pode ser revertido, possibilitando ao indivíduo retomar suas atividades físicas de forma saudável e segura.

 

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