Desmistificando o tarô

Nos últimos anos, muitos perfis em redes sociais foram criados para leituras de tarô (até o meu), oscilando entre conteúdos mais profundos e aqueles do tipo “se você chegou até aqui, é porque essa leitura é para você”, rs.

Sim, tem gosto e público para tudo. Mesmo com essa exposição, ainda hoje há muito preconceito com essa prática, atribuindo-a a situações apenas de caráter divinatório. Óbvio, a maioria das pessoas procura saber o que pode ocorrer no futuro, mesmo que próximo, mas por mais que recebamos spoilers da nossa própria vida, como lidar com isso? E também, como é o caminho para chegar nesse tal futuro, ou até mesmo evitá-lo, em casos de cartas não tão positivas?

Fora que, muitas vezes, a gente sabe que algo não está bem, nem precisa de previsão. Bem, entendo que a melhor maneira de garantir um bom futuro, é compreendendo o momento presente. Uma das melhores maneiras de avaliar o cenário atual e como lidar com ele é através das leituras de aconselhamento, a qual prefiro seguir. 

Um dos tipos mais comuns de jogada é a tríade – situação atual, bloqueios, aconselhamento. Vou dar um exemplo. Uma pessoa me perguntou para esclarecer sobre sua vida amorosa. A situação atual estava com a combinação O Enforcado + 8 de Copas, mostrando seu entrave em relação ao medo de abandono ou de abandonar uma situação. O bloqueio apresentava a carta da Morte + Ás de Copas, ou seja, a necessidade de encerrar um ciclo emocional para poder começar outro. Por último, como conselho de como seguir, saíram as cartas da Força + 7 de Espadas, pedindo para que a consulente equilibrasse suas forças para seguir suas estratégias e de fato conseguir sair da sua relação atual.

Nem sempre recebemos as respostas que queremos, mas sim as que falam o necessário para vivermos melhor.