Primeiro a gente constela, depois a gente entende

Nossa colunista, Flávia Costa e Silva, explica como funciona uma sessão de Constelação Familiar e Sistêmica

4 de agosto de 2023 - às 11h00 (atualizado em 3/8/2023, às 11h54)

papel recortado em formato de uma mãe, um filho e um pai
Crédito:

Envato

Flávia Costa e Silva - colunista - Constelação Familiar

Escrito por

Flávia Costa e Silva

Socióloga e Consteladora Familiar e Sistêmica

Todos nós, seres humanos, temos situações que nos desafiam, nos causam problemas e nos limitam. Questões ligadas à vida financeira, afetiva, profissional, familiar, saúde, enfim. 

 

Seja qual for a dificuldade percebida, ela pode ser comparada a ponta de um iceberg. Para que possamos sair dessa região de gelo, é necessário conhecermos o tamanho do bloco que está abaixo da linha da água.

 

As Constelações Familiares e Sistêmicas podem nos mostrar o que está abaixo da superfície de nossos icebergs pessoais. Neste sentido, nos mostram uma imagem de solução para o próximo passo. No entanto, sair da região congelada envolve movimentos conscientes em direção a um novo caminho. 

 

Uma constelação pode ser feita em sessões individuais ou em grupos. Nos dois casos, o processo acontece por meio de uma vivência, ou seja, a principal característica dessa abordagem é que ela nos permite experienciar tanto o problema quanto uma imagem de solução. 

 

No caso de uma sessão individual, reservo os primeiros minutos para escutar o cliente e alinhar o pedido. É muito importante encontrar o que realmente o cliente precisa, pois quanto mais claro e objetivo for o pedido, maior será o acesso à imagem de solução apresentada pelo campo sistêmico que o envolve. 

 

Uma boa metáfora é a precisão que um médico deve alcançar para realizar uma cirurgia. Quanto mais específico for o ponto, maior será o êxito do procedimento. Essa metáfora é completamente aplicável para uma constelação. 

 

Definido o pedido, passamos para o momento vivencial. Primeiramente, nos sintonizamos com a respiração, sensações corporais e buscamos um lugar atento e disponível para a escolha dos bonequinhos, que irão configurar a situação. Por exemplo, se o cliente estiver olhando para um medo, iniciaremos colocando um bonequinho para representar o cliente e outro para representar o medo. Como trabalho com constelação na água, a partir da configuração inicial, vou percebendo o movimento dos bonecos e o que o cliente expressa. É nesse encontro entre o movimento dos representantes e o sentir do cliente e do constelador que as informações começam a se mostrar. 

 

No caso de uma constelação em grupo, a principal mudança é que as representações não são por bonecos e sim por pessoas, além da ausência da água.

 

Constelar é colocar uma situação em movimento. Após a vivência, nosso corpo emocional pode ficar mais sensibilizado e lentamente vai se reajustando, fichas vão caindo, às vezes, imediatamente, outras em um tempo variado. 

 

O mais importante começa quando a constelação termina, que é abrir espaço para as imagens que foram trabalhadas e a mudança de postura diante da situação. Alguns clientes fazem acompanhamento, outros não, depende da situação, momento da pessoa e preparo do constelador.

 

Primeiro a gente vive, depois a gente entende. Esse é o movimento da vida e assim também é com uma constelação: primeiro a gente constela, depois a gente entende.

 

Flávia Costa e Silva – WhatsApp (51) 98481-4414